O especialista em aviação Fábio Borille, que era amigo de Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, que morreu na queda de um avião na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, contou, que a aeronave foi adquirida após o advogado perder uma antiga nas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul em março de 2024. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele afirmou que o monomotor estragou na enchente que atingiu estado, já que estava estava no aeroporto Salgado Filho, que ficou alagado por semanas.
Borille disse ainda que o King Air F90, que caiu nesta sexta-feira, foi adquirido por Carpena junto com o sócio, Felipe Russowsky, e parte pago com o dinheiro recebido na indenização do seguro da aeronave antiga. A compra da aeronave foi oficializada dia 11 de dezembro do ano passado. Em 26 de dezembro, o advogado celebrou, pelas redes sociais, a primeira viagem a bordo do avião, fabricado em 1981 e que tinha capacidade para até oito pessoas.
Em sua conta no Instagram, ele postou imagens ao lado do avião com os parentes antes de embarcar para o Uruguai. “Família reunida”, festejou. Nesta sexta-feira, a aeronave caiu numa avenida da Barra Funda, em São Paulo. Além de Carpena, o piloto que conduzia a aeronave também morreu no acidente, que deixou outras seis pessoas feridas.
A queda aconteceu próximo a um ônibus e carros na Avenida Marquês de São Vicente, importante via da região. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga a causa do acidente. O avião decolou nesta manhã do Campo de Marte, na Zona Norte.
Diversos pontos turísticos e históricos da cidade de São Paulo estão próximos ao acidente. O CT do São Paulo está a 2,8 km do ocorrido, assim como o do Palmeiras. O estádio Allianz Parque está a 2,6 km. O Memorial da América Latina está mais perto ainda do ocorrido, a apenas 1,1 km. Mais distante estão o Museu de Arte Brasileira e Museu do Futebol, localizados a cerca de 3,5 km. O avião caiu próximo também ao Aeroporto do Campo de Marte, que fica a aproximadamente 6,5 km de onde decolou.