
Charles do Bronx é uma das estrelas brasileiras no UFC. Foto: Reprodução/Instagram
Charles do Bronx aguarda ansiosamente para saber se ele fez o suficiente para lutar novamente pelo título dos leves (até 70,3kg.) que perdeu para Islam Makhachev em 2022. Mas, de acordo com seu treinador, Diego Lima, há muitos fatores fora de seu controle que precisam ser resolvidos primeiro.
Em entrevista para a ‘ABC MMA’, Lima compartilhou um pouco sobre como foi negociar uma disputa de título com o UFC e o campeão Islam Makhachev.
“O futuro de Charles e Topuria está nas mãos [de Makhachev], porque ele disse em muitas ocasiões que queria subir para o meio-médio, mas acho que ele não vai subir para lutar contra Belal Muhammad porque eles são amigos e treinaram juntos. Se Belal continuar campeão, ele vai ficar nos leves. Ao mesmo tempo, Topuria não abriu mão do título dos penas sem algum comprometimento, sem alguma negociação avançada. Acho que Topuria só vai subir para lutar pelo cinturão com uma boa negociação. O empresário de Topuria deve ter algo pendente com o UFC”, disse o treinador.
Isso deixa o time de Do Bronx travado, esperando para ver se o campeão dos meio-médios (até 77kg.), Belal Muhammad, vencerá Jack Della Maddalena no UFC 315 em maio.
“Tudo está girando em torno de Makhachev. Se Belal não vencer a luta em maio, [Islam] teria uma chance de subir uma categoria de peso e ficaríamos com Topuria x Charles. Mas se Belal vencer, [Islam] ficaria no peso leve e teríamos que ver com o UFC quem seria, Topuria ou Charles, porque depende de dois fatores: o UFC e o próprio Makhachev. Saber quem lutará contra quem neste triângulo será um pouco mais complicado”, explicou Lima.
Cinturão BMF


Max Holloway é o detentor do cinturão BMF do UFC. Foto: Reprodução UFC
Apesar do impasse, o treinador de Do Bronx sugeriu uma medida paleativa: a disputa pelo cinturão simbólico do UFC, o ‘BMF’, que hoje pertence a Max Holloway. Segundo Lima, isso seria o suficiente para atraí-lo a competir.
“Nós nos importamos muito com o cinturão, nós queremos esse cinturão. Nós não escolhemos o oponente, mas queremos o cinturão. Charles também adoraria o título BMF que Max Holloway tem, é um novo cinturão, um novo desafio, uma luta enorme contra alguém muito grande que tem história. Estamos em negociações para isso. [O UFC] nos disse que eles não podiam nos dizer nada ainda, que teríamos uma nova reunião em Londres e certamente coisas boas sairiam. Sempre tivemos boas negociações. [Charles] me disse que quer lutar em junho, mas se não tivermos o BMF ou o título, não sei se lutaríamos… Talvez Justin Gaethje, que teve uma ótima luta e vende muito, ou uma nova luta com Dustin Poirier, que vende muito”, concluiu.