
Veterinária referência em Uberlândia orienta tutores sobre os principais riscos da época
À medida que as festas de fim de ano se aproximam, clínicas veterinárias em todo o país registram aumento significativo no número de emergências envolvendo cães e gatos. Em Uberlândia, a médica-veterinária Sirlei Manzan, que tem 34 anos de atuação — sendo 17 deles como cardiologista — e é responsável por uma das clínicas mais tradicionais da cidade, com 18 anos de funcionamento, reforça o alerta: o que torna a casa mais bonita também pode ser um perigo silencioso para os pets.
“O período festivo é lindo, mas a decoração que transforma o ambiente também oferece riscos sérios”, afirma Sirlei. “Ontem mesmo atendemos um gato que mordeu o fio do pisca-pisca e sofreu uma queimadura na boca. Isso acontece muito mais do que as pessoas imaginam.
O Brasil possui entre 150 e 160 milhões de pets, segundo as principais entidades do setor, incluindo 60 milhões de cães e 30 milhões de gatos. Com tantos animais dentro dos lares, o Natal se torna uma época crítica.
Uma pesquisa nacional realizada pela Petlove com mais de 3 mil tutores revelou que 39% já perderam ou conhecem alguém que perdeu um animal devido ao pânico causado por estampidos de fogos no fim do ano. O dado reforça o quanto as festas turbinam o nível de risco para cães e gatos.
No exterior, a British Veterinary Association (BVA) também aponta tendência semelhante:
Na rotina da clínica da Dra. Sirlei Manzan, acidentes envolvendo decoração se tornam mais frequentes todos os anos.
“Bolas de Natal quebram e causam cortes nas patas e na boca; gatos derrubam árvores inteiras; cachorros engolem enfeites minúsculos que podem perfurar o intestino”, explica. “Já realizamos endoscopia em um gato que engoliu fita de presente. Esses materiais são extremamente perigosos.”
Os principais riscos incluem:
Além da decoração, a ceia representa outro conjunto de riscos.
“Chocolate, uvas-passas, panetone e até temperos como cebola e alho são tóxicos para cães e gatos. Mesmo pequenas quantidades podem levar à internação”, afirma Sirlei.
Dra Sirlei recomenda atenção especial a:
“A festa precisa ser boa para todo mundo, inclusive para os pets. Quando os tutores entendem os riscos, evitamos acidentes que poderiam estragar um momento de celebração”, reforça Dra. Sirlei Manzan.
Com informação e prevenção, cães e gatos podem aproveitar um fim de ano tranquilo e sem sustos.