
As dores que nos ensinam – Bençãos na vida.
Momentos da minha vida, que com certeza muitas outras pessoas viveram semelhantes fatos. O que importa é a lição compreendida e a história vivida e mais importante, superada.
Gosto de superação, pois no momento inicial é de muita dor e angústia a ponto de acharmos, que não vamos conseguir vencer e depois vem o alívio, a certeza de que conseguiu e tudo está bem, isso é superação.
Hoje, olhando todas as experiencias vividas e fatos já ocorrido, tenho a certeza de que todos nós, sem exceção, devemos passar por isso, claro cada um em seu estilo de vida, cada um em seu momento e seu núcleo, porém o que estou dizendo é que as etapas, os momentos para a superação, eles vêm para todos e é daí que saímos fortalecidos e com muitos aprendizados, a questão é, como vamos lidar com isso, como vamos encarar e apreender.
Vale uma reflexão, para isso quero falar de um momento muito triste.
Quando conheci o moço que está comigo até hoje, já se foram 32 anos como eu disse anteriormente, logo no início de nosso namoro, eu sofri um perca muito dolorosa, havia se passado um mês que estávamos juntos e aconteceu assim: Estava em minha casa, onde morava com aquela amiga que já mencionei, arrumando para ir ao colégio, por volta das 18 horas, quando meu pai apareceu em desespero, assustei muito, pois meu pai nunca havia ido até minha casa, já falei um pouco de como ele me tratou, enfim.
Fato é que ele trouxe a notícia que meu irmão de 14 anos havia se afogado em um rio local (em Campina Verde MG) e não tinham encontrado ele, fiquei paralisada, não me veio as forças e senti uma forte dor no coração, um nó na garganta e muitos sentimentos físicos intensos e de sofrimento. Entrei no carro com meu pai e no momento não me veio nada, fiquei quietinha no banco de trás daquele carro, que corria pela rodovia até chegar à casa de minha mãe, onde meu irmão morava, lembro que desci do carro, como se anestesiada, eu não queria acreditar que ele estivesse falecido, para mim ele havia saído do rio e estava mais abaixo na mata e não conseguiram encontrar, mas infelizmente não foi isso o ocorrido, passamos a noite na busca e na angústia, ele foi encontrado sem vida e dentro do rio no outro dia por volta das 10 horas.
Fato que doeu tanto, mas que hoje agradeço a oportunidade de ter convivido com ele quando criança, mas o principal neste ano que passei na casa de minha mãe antes de ir para Uberlândia MG, tentar uma vida melhor, porque hoje agradeço imensamente este “ano presente” com o meu irmão, é assim que vejo: Uma vida estável, do nada meus pais se separam e eu sou retirada de minha rotina, para ir ajudar minha mãe e o convívio com os meus por um ano, a partir daí saí novamente desse convívio.
Veja que realmente, foi um “ano presente”, claro que sim, sabe por que isso é para mim uma benção, porque eu tenho duas escolhas, “todos nós temos”, eu poderia passar toda a minha vida após esse episódio triste, lamentando e falando somente dos acontecimentos ruins neste ano e até a morte deste meu irmão ou eu poderia fazer como fiz, olhar pela oportunidade de tive de estar com eles e em especial com ele, por pelo menos esse ano e isso me alegra muito.
A reflexão para todos nós é: “Nunca saberemos o minuto seguinte, então viva intensamente o agora, desfrute cada minuto e aprenda as lições com amor, aceitação e sabedoria, faça dos momentos, situações que realmente vale e valerão a pena e que nos enriquece, nos fortalece e nos dá a oportunidade de, no momento real estejamos bem e em paz, com aceitação do que estamos vivendo.
Continuarei com reflexões para momentos da vida, onde todos poderemos aprender lições de transformação, com nossas análises e autoaprendizado.
Até….
“As dores da perda são as maiores, porém se olharmos bem, podemos tirar bons ensinamentos desses momentos, serão sempre nossas escolhas”.
Elenir Borges