Saindo de Corrientes sentido San Salvador de Jujuy, são aproximadamente 850 kms, pela Ruta 16. Nessa Ruta já se observa uma pista não muito boa como a da Ruta 12, principalmente quando se entra na província de Santiago Del Estero, onde havia buracos enormes, reduzindo muito a média de tempo gasto até Jujuy.
Chegando próximo a Jujuy já se observa de longe a belíssima Cordilheira dos Andes, onde Jujuy fica aos pés da cordilheira, alterando muito a geografia do local e também o clima. Ali a temperatura costuma ser baixa, pegamos uma temperatura de 10° graus. A cidade é bem simpática tendo seu embelezamento natural causado pela cordilheira. Opções baratas e tranquilas de alimentação e hotéis, mas é sempre bom pesquisar hotéis e ter na lista plano A e B para se hospedar. Depois de uma noite de sono e descanso rumamos até nosso destino final, o tão esperado Deserto do Atacama, lembrando que todo o trajeto fomos guiados pelo serviço gratuito de mapas do Google Mapas, baixei todos os mapas pela Internet e fui usando off line até chegar em San Pedro de Atacama (Chile) sem nos deixar na mão nenhuma vez, importante ferramenta e ainda gratuita, temos que aproveitar.
O terreno desértico já começa a ser observado logo após deixarmos a cidade de Jujuy, passando por Pumamarca (onde é importante reabastecer o veículo) pois nosso destino final ainda se encontra há aproximadamente 400 kms por uma estrada incrivelmente impecável. Na estrada até San Pedro de Atacama não há tantas opções para comer e abastecer, por isso recomendo parar logo no início da viagem em Pumamarca, onde também se vende artesanatos em geral e tecidos com estampas andinas por um preço muito bom. Passando pela cordilheira há um totem em Cuesta del Lipán, que indica a altitude do local, ali é uma parada interessante para descer do carro e desfrutar um pouco do visual e não deixar de fazer alguns registros fotográficos indispensáveis.
Paramos em um local para experimentar o famoso chá da folha de coca e também conhecer a empanada servida lá, esse lugar se chama La Pekana, uma simples lanchonete às margens da Ruta 52 ainda em solo argentino, logo à frente, vale a pena descer pra conhecer a Salinas Grandes, uma grande reserva de sal que mais lembra um local com muita neve, mas não passa de uma formação natural.
Atravessando a fronteira para o Chile
Quando chegamos na fronteira com o Chile exige-se um pouco mais de quem vai atravessar. É necessário descer do veículo, mostrar todos os documentos, dizer quantos dias você ficará lá e mostrar endereço de onde pretende se hospedar. Para entrar no Chile é também exigido apenas identidade com menos de 10 anos de expedição, assim como é pra entrar na Argentina, também ter todos os documentos do veículo em dia, com o mesmo em seu nome, porém a CARTA VERDE não vale para o Chile, por ser um país que não faz parte do Mercosul, o seguro veicular obrigatório para turistas no Chile se chama Soapex e é possível adquirir pela Internet. Vale lembrar que o valor do seguro Soapex é proporcional ao tempo que você ficará no país, o tempo máximo de permanência no país como turista é de 3 meses.
Na aduana chilena você será questionado, por exemplo se você está levando alguma fruta ou algum alimento proibido pelo governo chileno (por questões de segurança sanitária) UMA DICA: jamais minta pra algum funcionário da aduana chilena, caso esteja levando algum alimento proibido lá você será orientado a jogar fora, apenas isso, caso mentir e for pego com algum alimento listado como proibido, poderá sofrer sanções sérias e ter dor de cabeça na viagem (o que ninguém quer).
Passando por todo esse trâmite, enfim, entramos em solo chileno, que já começa com uma visão belíssima do local, céu azul e muito limpo (algo muito comum na maioria dos dias do ano na região do Atacama) já dá pra observar muitas ilhamas e alpacas e juro que até hoje não sei a diferença entre elas, elas andam soltas e não há cercas que dividem pasto e pista, por isso muito cuidado e velocidade sempre mais baixa, o Chile é o país mais rigoroso da América do Sul.
Um pouco antes de chegar em San Pedro de Atacama, a Ruta 27 passa ao lado do extinto vulcão Licancabur, outro local que merece uma pausa para um registro.
Chegando em San Pedro de Atacana, fui até o Hotel Piedras Rojas, do Richard, sempre muito atencioso, atende junto com sua esposa, local simples e muito acolhedor. Como San Pedro é uma pequena cidade andarmos toda ela a pé, a cidade conta com boa estrutura de lanchonetes, farmácias e lojas. Bem no centro comercial os alimentos são mais caros. UMA DICA: caso queira economizar, faça suas compras de comida e bebida um pouco mais longe do centro de compras da cidade, na época paguei convertido em Reais, R$18 em uma lata de Coca-Cola. Lá também tem as casas de câmbio, onde você pode levar Real em espécie e fazer a troca lá, na época o câmbio feito foi 1 por 175, sendo 1 Real valendo 175 Pesos Chilenos, hoje 02/02/2024 o câmbio está em 1 por 190.