Capítulo 1 – O Maternar

Bruna GomesAtualidadesColunistas8 months ago45 Views

Mãe, mulher que deu à luz, que cria ou criou um ou mais filhos; esta é a definição que o dicionário nos traz. Sem sombra de dúvidas é um belo conceito, afinal de contas, mãe não é somente aquela que gera, mas aquela que zela, que ama, que se doa, se entrega, que se faz presente mesmo ausente, que se desdobra, que se reinventa, que enfim; é aquela com um amor incondicional.

Sempre achei o termo “amor incondicional” um tanto clichê ao se referir ao amor materno. Pois, até que eu experimentasse deste amor de fato, jamais saberia o seu real significado.

Indubitavelmente amo minha mãe; amo de uma forma tão imensa que eu não sei nem ao menos definir; contudo, eu jamais conheceria o amor que ela sente por mim até que eu mesma pudesse provar.

Me tornar mãe foi a experiência mais desafiadora que já fui submetida. Todas as demais, mesmo que relativamente difíceis, foram efêmeras quando comparadas. Além do mais, este amor maternal não surgiu subitamente; não foi o fato de me tornar grávida que ele simplesmente apareceu. Aos poucos ele foi se desenvolvendo; então ele crescia não somente na barriga, mas também no coração.

Há também as mães que não despertam este amor todo ainda na gestação; até porque, o coração que nele cresce amor, acaba compartilhando espaços com as incertezas, medos e aflições que culminam neste período. E está tudo bem, cada gestação é única e uma mãe não se torna “mais mãe” que a outra por estar apaixonada pela sua barriga.

Para umas, a gestação foi algo extremamente esperado, já para outras, veio em forma de presente surpresa. Então as condições em que cada futura mamãe é submetida e as influencias que as emoções têm nas produções hormonais durante o período gestacional, impactam diretamente no processo do maternar.

Prezo pela não romantização da maternidade, pois ela é extremamente desafiadora, entretanto é a missão mais plena que eu fui submetida; considero que com ela eu me tornei uma pessoa mais forte, mais humana, mais resiliente e definitivamente mais grata.

Então para aquelas que já são mães ou um dia desejam se tornar, não permitam que uma relação ruim entre mãe e filho que tiveram no passado, impacte negativamente sobre a presente ou futura relação onde agora você será a mãe; invista em se tornar não a melhor mãe do mundo, mas sim, a melhor mãe que o seu filho poderia ter. E dentro de cada realidade articule estratégias para alcançar esse objetivo, assim terás não apenas um filho feliz, mas também encontrará sua maior realização.

Bruna Gomes

Autor

  • Técnica em Enfermagem com 13 anos de experiência, graduada em Cosmetologia e Estética e atualmente cursando Enfermagem. Após atuar por 12 anos na rede pública, dedica-se à maternidade e compartilha aprendizados dessa jornada transformadora.

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