criminosos se associam a empresas de descarte e causam prejuízo ambiental de R$ 5 milhões no Rio

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O trabalho investigativo começou a partir de uma denúncia do Inea, que apontou que traficantes teriam se associada a empresas de descarte e estariam cobrando taxas para permitir o depósito de lixo. Como consequência, a região virou um grande lixão, que tem contaminado o lençol freático e está suprimindo a vegetação de mangue.

A cobrança de taxas é apontada pela polícia como uma nova forma de exploração econômica da facção, que também é muito lucrativa às empresas, que pagam aos narcotraficantes valores abaixo dos cobrados pelos Centros de Tratamento de Resíduos credenciados pela Prefeitura do Rio.

Os agentes identificaram 10 empresas que praticam, reiteradamente, crimes ambientais na região. Uma companhia, por exemplo, que tem contrato com a prefeitura, foi alvo porque seus funcionários vêm desviando maquinários e equipamentos para auxiliar no esvaziamento do lixão clandestino do tráfico.

A delegacia também destaca que os traficantes estão aterrando uma área do local e criando uma grande região desocupada, que permite triplicar a comunidade do Parque Alegria. Como medida cautelar, a DPMA pediu à Justiça o sequestro de 17 caminhões de empresas representadas no lixão.

Após a operação, técnicos do Inea irão dimensionar a quantidade de detritos empilhados no Caju e a extensão da poluição provocada ao meio ambiente.

Em dezembro passado, um homem foi resgatado pela polícia do “tribunal do tráfico”. Ele tinha sido capturado por cinco traficantes armados, que o torturaram. O crime foi flagrado durante monitoramento da investigação da DPMA.

Diante das imagens obtidas e da constatação de que o homem poderia ser executado, foi elaborada uma operação policial de emergência para resgatá-lo. O trabalho rápido da Polícia Civil garantiu que ele fosse retirado da comunidade com vida.