A foto destacada pela NASA nesta terça (4), no site Astronomy Picture of the Day, mostra uma grande aurora no céu da Islândia, tão vasta que até lembra uma explosão colorida no céu. O fenômeno foi causado pelas partículas liberadas pelo Sol algus dias antes de a foto ser tirada.
Naquele dia, o fotógrafo queria registrar o brilho da aurora sobre a cachoeira Godafoss, no norte da Islândia. Infelizmente, o céu ficou coberto por nuvens, desanimando outros fotógrafos no local. A boa notícia é que elas logo se dispersaram, permitindo a visão da aurora.
As auroras boreais e austrais são causadas por tempestades geomagnéticas, impulsionadas por fenômenos no Sol. Quando eventos como explosões solares e ejeções de massa coronal acontecem, partículas eletricamente carregadas são liberadas do nosso astro e viajam pelo espaço.
Ao chegar à magnetosfera da Terra, estas partículas são direcionadas para a região dos polos do planeta. Ali, elas colidem com os gases nas camadas atmosféricas mais altas, como oxigênio e nitrogênio, emitindo luzes com cores variadas.
A atividade do Sol
A aurora da foto foi registrada no fim de fevereiro, quando ocorreu uma ejeção de massa coronal (CME). Trata-se de um fenômeno em que grandes quantidades de plasma e campos magnéticos são expelidos da coroa solar. Durante as CMEs, bilhões de toneladas de material coronal podem ser liberadas.
Alguns dias depois, as partículas liberadas pelo fenômeno causaram a aurora da foto. Esta CME, junto de outros eventos que vêm ocorrendo no Sol, mostram que a atividade do nosso astro vem aumentando conforme ele se aproxima do máximo solar.
Outro sinal monitorado pelos cientistas é a quantidade de manchas solares. Segundo o Centro de Análise de Dados de Influências Solares do Observatório Real da Bélgica, o Sol exibiu mais de 160 manchas em junho, quantidade não observada há décadas. Estas e outras pistas indicam que o próximo máximo solar pode ser mais intenso que o esperado.
Fonte: APOD