A última terça-feira (4) ficou marcada como simplesmente o dia mais quente já registrado na Terra. Na ocasião, a temperatura média global atingiu 17,18ºC, superando a marca anterior, registrada na segunda-feira (3): 17,01ºC. Com isso, o Ártico se deparou com um aumento de 10ºC na temperatura.
A União Europeia mostrou, através de imagens feitas pelo satélite Sentinel-2, que a Ilha de Nares (Groenlândia, na região Ártica) teve sua camada de neve derretida em apenas 4 dias, o que tornou expostas as calotas de gelo.
Na imagem que chegou a circular nas redes sociais, podemos ver a comparação do antes e depois desse derretimento:
Conforme indicam os dados fornecidos pela União Europeia, a Região Ártica atualmente enfrenta uma onda significativa de calor, com temperaturas subindo mais rápido que a média global.
Antes do dia 3, a data mais quente da história já registrado numa escala global tinha sido apenas em agosto de 2016, com uma média de 16,92°C. A informação vem dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, ligados à administração Oceânica e Atmosférica Nacional do país (NOAA).
A situação ao redor do mundo não está fácil. Para se ter uma noção, a China enfrenta temperaturas acima dos 35°C, enquanto o norte da África se vê castigado com temperaturas têm chegado próximo dos 50°C.
Derretimento do gelo é uma grande preocupação
No que diz respeito ao meio ambiente, ver o gelo derretendo dessa forma é bem preocupante. Em março, um estudo revelou duas ocorrências chave para o derretimento do gelo no Ártico que aconteceram em 2005 e 2007.
Até este período crítico, quase 20% do gelo no ártico tinha, pelo menos, 4 metros de espessura, endo que atualmente o número já caiu para menos de 10%.
Em junho deste ano, um relatório do ICIMOD — Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas, organização intergovernamental que reúne oito países do leste asiático para estudo e gestão das cadeias montanhosas, apontou que o derretimento do gelo no Himalaia cresceu 65% em relação à década anterior.