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Dívida na meta permitirá pagamento de R$ 9,1 bi em dividendos, diz Vale

A diretoria da mineradora Vale aposta no cumprimento de sua meta de endividamento, de manter a dívida líquida expandida em torno de US$ 15 bilhões ao longo deste ano, para garantir aos investidores tanto o pagamento de dividendos e outras formas de distribuição do lucro quanto a possibilidade de participar do programa de recompra de ações, relançado pela companhia.

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Se os resultados forem melhores do que o esperado e apontarem para uma dívida menor, a companhia poderá até mesmo fazer distribuições adicionais de seu lucro aos acionistas, disse Marcelo Bacci, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores.

Ao divulgar o balanço financeiro de 2024, com lucro líquido de R$ 31,592 bilhões ano passado, uma queda de 20,9% ante 2023, a Vale anunciou o pagamento de mais R$ 9,143 bilhões em dividendos, a principal forma pela qual as empresas abertas distribuem seus resultados para os acionistas.

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Os pagamentos aos detentores das ações serão em março, junto com mais R$ 2,222 bilhões de juros sobre capital próprio (JCP), outra forma de distribuição dos lucros, que já havia sido anunciado em novembro.

O mercado reagiu positivamente. Por volta das 14h30, as ações da mineradora subiam 2,94% na B3.

Em relatório, os analistas do banco BTG Pactual destacaram que, conforme suas projeções para os resultados financeiros da companhia, o pagamento de dividendos ficaria em US$ 1,6 bilhão – e a soma do dividendo anunciado agora com o JCP de novembro chegou a quase US$ 2 bilhões, como divulgou a Vale no balanço financeiro. Foram cerca de US$ 500 milhões “inesperados”, escreveram os analistas do BTG.

A mineradora também anunciou na noite de quarta-feira mais uma rodada do programa de recompra de ações. Conforme comunicado, a Vale pretende comprar 120 milhões de ações, ou 3% do total de papéis em circulação, num prazo de até 18 meses.

Geralmente, as empresas abertas fazem isso para sinalizar ao mercado que consideram o preço das ações abaixo do justo. Ao recomprarem papéis em circulação, elevam as cotações das ações que seguem com os acionistas.

Na prática, tanto o pagamento de dividendos quanto a recompra de ações são medidas adotadas pela companhias abertas para aumentar o retorno para investidores que detêm seus papéis. Por isso, esses anúncios tendem a ser bem-vistos no mercado, resultando em valorização das ações.

Na teleconferência com analistas para comentar os resultados, nesta quarta-feira, os executivos da Vale foram questionados se, diante do fato de que os preços das ações da mineradora têm se mantido abaixo do que é considerado o potencial, não seria melhor oferecer o retorno aos investidores via mais recompras do que via dividendos.

Bacci respondeu que a estratégia de 2025 será “balancear” o retorno aos acionistas entre os dois caminhos, de acordo com a geração de caixa da mineradora ao longo do ano.

– Temos uma métrica muito importante, que é dívida líquida expandida – afirmou Bacci, em entrevista coletiva, após a teleconferência com analistas.

Segundo o executivo, apesar da meta de manter a dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, a Vale persegue o centro, US$ 15 bilhões. E a mineradora fechou 2024 com US$ 16,5 bilhões.

– Quando projetamos nosso fluxo de caixa, olhamos sempre onde estamos nessa métrica. Isso determina a nossa capacidade de fazer recompras ou de pagar dividendos acima do mínimo. Vamos observar esse número ao longo do ano. Hoje, temos uma perspectiva bastante favorável de que ficaremos dentro da meta dos US$ 15 bilhões – afirmou Bacci.

E o fluxo de caixa poderá ser maior ou menor, em função dos preços internacionais do minério de ferro, algo que a companhia não controla, completou o executivo:

– Se a combinação de volume de produção e preço permitir uma geração de caixa que vai nos levar abaixo dos US$ 15 bilhões de dívida expandida, isso significa, naturalmente, vamos ter uma disposição maior para fazer recompras e (pagar) dividendos. Neste momento, não temos como dizer quanto vai ser feito de cada coisa.

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