Os advogados vinham se queixando de não terem tido acesso às mídias da delação do ex-ajudante de ordens da Presidência, como áudios e vídeos dos depoimentos de Cid. Diante disso, os representantes Bolsonaro e Braga Netto pretendiam solicitar a extensão do prazo de 15 dias estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentarem suas defesas. Eles também se queixam de não terem acesso à integra dos autos, como as diligências em andamento, e apontam “cerceamento e defesa”.
A publicidade do material, porém, esvazia esse argumento. O caso da tentativa de golpe deve ser julgado pela Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Cristiano Zanin, que é o presidente do colegiado até setembro, Flávio Dino, que o substituirá, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Luiz Fux. Uma condenação unânime de Bolsonaro pode impedir que o processo seja remetido ao plenário do Tribunal, formando pelos 11 ministros.