Search
Close this search box.

dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

No primeiro dia de buscas submersas pelos desaparecidos após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, nesta quarta (25), dois corpos foram encontrados: Anisio Padilha Soares (43 anos) e Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos). Os Bombeiros e a Marinha seguem à procura das 11 pessoas ainda desaparecidas. Nesta terça (24), o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB) informou que um parecer técnico da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) concluiu que não há risco de contaminação para consumo de água do Rio Tocantins.

  • Queda de ponte em Estreito: Diluição natural do Rio Tocantins ‘pode ser insuficiente’ para neutralizar a contaminação
  • Ainda sem licitação: Dnit sabia que ponte precisava de reparos e lançou edital meses antes do colapso

Os corpos de Anisio e Silvana foram os primeiros encontrados após o início da operação com mergulho no Rio Tocantins, realizada pelos Bombeiros do Maranhão, Pará e Tocantins, além da Marinha. Com isso, já há seis mortes confirmadas por causa da queda da ponte. De acordo com o G1, os agentes informaram que o corpo de Anisio estava dentro de um dos caminhões que caíram no rio.

Havia dúvidas sobre o risco de contaminação com as ações de resgate na água. Mas, nesta terça, o governador Carlos Brandão publicou, em seu X, a informação de que um parecer técnico da ANA garantia que não há risco ao menos para o consumo da água. Novas análises estão sendo feitas. Com isso, a captação da água para abastecimento da cidade de Imperatriz será retomada imediatamente. O serviço estava interrompido desde a tragédia.

A ponte, na BR-226, desabou na tarde do último domingo (22). Ela faz a ligação entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O resgate subaquático está sendo realizado com 29 mergulhadores. A Marinha está usando um equipamento chamado SideScan Sonar. Essa tecnologia conseguiu até identificar a possível localização de um dos caminhões submersos, a aproximadamente 40 metros de profundidade.

Ponte desaba na divisa entre Tocantins e Maranhão — Foto: Reprodução/Redes sociais

Pelo menos três caminhões, três motos e um carro de passeio caíram no curso d’água. O governo do Tocantins informou que a operação de resgate e proteção da área foi reforçada. No momento há 52 policiais atuando na operação.

— Mobilizamos um efetivo significativo e recursos logísticos para garantir que as ações sejam conduzidas com eficiência e segurança, em apoio às comunidades afetadas e em colaboração com os demais órgãos envolvidos. Nossa presença ostensiva e a integração com outras instituições são essenciais para mitigar os impactos desse incidente e assegurar a normalidade na região — afirmou o coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, comandante da Polícia Militar do Tocantins.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar os impactos ambientais provocados pela queda da ponte Juscelino Kubitschek. O colapso da estrutura ocasionou o vazamento de 76 toneladas de ácido sulfúrico no Rio Tocantins, proveniente dos caminhões que caíram no desabamento da via, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O órgão público estima que o escoamento da água contaminada pode impactar até 19 municípios da região.

Segundo a ANA, os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. No mesmo dia, a Defesa Civil emitiu um alerta urgente à população das duas cidades na margem do rio, para evitarem qualquer contato com o curso da água.

Em meio ao risco de contaminação, o braço do MPF no Pará, onde fica a foz do Rio Tocantins, abriu uma investigação para análise dos danos provocados pelo incidente. O órgão público determinou a divulgação de informações, ainda que em estudos preliminares, sobre a atual situação da qualidade da água do Rio Tocantins e a análise dos impactos à curto, médio e longo prazo.

As orientações foram destinadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá, por onde o curso d’água passa, à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, ao Instituto Evandro Chagas, ao Museu Emílio Goeldi e à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

“O derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações que vivem próximas à margem do rio Tocantins, especialmente de comunidades ribeirinhas e tradicionais, que utilizam o rio como fonte de subsistência”, disse o MPF em nota.

O caso também é investigado pela Polícia Federal (PF), que busca a responsabilidade criminal pelo queda da ponte e também a análise do potencial de dano ambiental na área. Uma equipe de cinco peritos, sendo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente, foi enviada ao local.

A investigação será conduzida pelas Superintendências Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins, que têm jurisdição sobre a área.

Você tambem pode gostar de:

Faça sua busca aqui, estamos sempre atualizando para lhe trazer um conteudo de qualidade se fresquinho!

Não achou o que procura entre em contato com a nossa equipe pelo whatsApp!

LOJA

NOTÍCIAS

PERFIL