Estudantes da Universidade Federal de Uberlândia têm acesso a várias oportunidades de estágio

O Setor de Estágio da Universidade Federal de Uberlândia (Sesta/UFU) iniciou suas atividades na década de 1970 e atingiu o ápice de demanda no ano de 2000, com o aumento do número de estudantes matriculados nos cursos de graduação da instituição. Permitindo aos acadêmicos colocar em ação todo o conteúdo teórico aprendido em sala de aula, este é um dos principais meios propostos por universidades para que eles adquiram experiência prática e conheçam de forma supervisionada o mercado de trabalho em que pretendem atuar. A partir dessa oportunidade, o estagiário desenvolve habilidades práticas para realizar funções que irá ocupar no futuro, podendo também adquirir habilidades extraprofissionais.

Vinculado à Divisão de Formação Discente (Difdi), da Diretoria de Ensino (Diren), da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o Sesta é amparado pela Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Trata-se do setor responsável por resguardar os direitos dos estagiários da UFU, possibilitando a eles acompanhar o dia a dia dos profissionais de sua área já inseridos no mercado de trabalho.

Graduado em Ciências Sociais e doutor em Educação pela UFU, Cinval Filho dos Reis é o atual coordenador da Difdi e do Sesta. Ele comenta que o estágio pode contribuir de várias formas para o graduando. “É um ato educativo escolar supervisionado e leva ao aluno a possibilidade de participar do ambiente próprio do mercado de trabalho, possibilitando a ele aquela primeira experiência que costuma ser exigida para a contratação e viabilizando uma possível efetivação. Sobre uma questão enfrentada no mercado de trabalho, que é a dificuldade do primeiro emprego, com o estágio o estudante começa a ganhar seu próprio dinheiro e possui a oportunidade de verificar se, de fato, aquela é a área em que ele realmente quer atuar futuramente. É uma oportunidade de saber se aquela é a linha que ele quer seguir”, explica.

 

Testemunho

Egressa das graduações eme Letras (2008) e Comunicação Social – Jornalismo (2014) e do Mestrado Profissional em Tecnologias, Comunicação e Educação (2018) e atualmente cursando o Doutorado em Estudos Linguísticos – sendo todos estes cursos na UFU -, Cíntia Sousa comenta sobre a importância que o estágio teve para o seu amadurecimento e crescimento profissional: “Foi o meu primeiro estágio na área de jornalismo. Em 2013, quando eu estava no meu último ano da graduação, eu fiz o processo para ser estagiária na Diretoria de Comunicação Social (Dirco), passei, e foi onde eu tive uma das minhas primeiras experiências profissionais. Foi muito importante para mim, como profissional, saber como lidar com a comunicação da universidade, estar em uma redação, aprender como atender a imprensa em demandas que solicitam da universidade; então, foi muito enriquecedor; foi onde eu vi como funciona o mercado de trabalho do jornalismo.”

Os bons serviços prestados e todas as qualidades demonstradas durante o período em que foi a estagiária, por sinal, foram determinantes para que no ano passado ela recebesse o convite para voltar à Dirco; desta vez como jornalista contratada. Ela comenta sobre o que guarda de mais importante do processo de estágio. “Eu guardo muito as pessoas que passaram pelo meu estágio; essas pessoas se lembraram de mim e, em 2022, quando a UFU pôde contratar jornalistas terceirizados, elas me perguntaram sobre o meu interesse em voltar para a equipe, agora como jornalista. Foi um trabalho que eu fiz há quase oito anos e que foi lembrado. Isso é gratificante”, aponta.

 

Foto: Milton Santos

 

Regulamentação

Há duas modalidades de estágios na universidade: obrigatórios e não obrigatórios. O estágio obrigatório pode ou não ser remunerado e consiste em uma modalidade cujas horas são um requisito curricular para que os estudantes consigam concluir seus cursos. Portanto, nessa modalidade de estágio, os graduandos não recebem bolsa e a UFU arca por meio de uma apólice coletiva com o seguro contra acidentes. Já no estágio não obrigatório o concedente precisa por lei pagar uma bolsa pela prestação das atividades e um seguro contra acidentes pessoais, além do auxílio-transporte.

Reis comenta que, nesse período de crise, o estágio obrigatório com bolsa tem sido um fator preponderante para a permanência dos alunos na universidade e que, na prática, ambos os estágios atingem os mesmos resultados: aliando a teoria e a prática, levando ao estagiário acesso às rotinas administrativas e capacitando os alunos para o mercado pós-faculdade. O coordenador conta que o acadêmico pode estagiar durante até 24 meses em uma mesma empresa, podendo ou não ser efetivado. “É bom para o aluno e para a empresa que adquire uma mão de obra qualificada”, pondera.

Há também os estágios externos à universidade, cuja documentação exigida pode ser encontrada no site. O estágio obrigatório e o não obrigatório são regidos por um plano de atividades que o aluno desenvolverá no ambiente de estágio e precisa ser aprovado por um supervisor concedente e por um professor orientador do curso. Após aprovado, o estagiário pode desenvolver até 30 horas semanais de atividades, podendo chegar a 40 horas apenas se estiver matriculado na matéria de trabalho de conclusão de curso.

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

 

A série “ESPECIALUFU45” reúne textos escritos por membros da equipe da Diretoria de Comunicação Social (Dirco), mas também está aberta à contribuição de outros integrantes da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). As sugestões de temas a serem abordados, bem como o envio de materiais para avaliação e, em caso de aprovação, posterior publicação, podem ser realizados por meio do formulário eletrônico disponível em: www.comunica.ufu.br/divulgacao.

 

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  • Redação Uberlândia no Foco

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