
O Ministério da Justiça enviou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro um relatório em que a Força Nacional afirma que atuou “assim que foi acionada” no dia da invasão da sede dos Três Poderes, em Brasília.
“A Força Nacional prontamente acionou e empregou seu efetivo assim que demandada pelos escalões superiores, fazendo cumprir com rigor as determinações e orientações que lhe foram passadas e repassadas”, diz o documento assinado pelo diretor da Força Nacional de Segurança Pública em exercício, Ivair Matos Santos.
O relatório foi enviado depois de um pedido da CPMI, originado em um requerimento do senador Sergio Moro (União-PR) que pediu o envio de cópia de todos os atos e comunicações internas, bem como informações de todas as providências tomadas a partir da edição da Portaria MJSP 272/MJSP, de 07/01/2023, nos dias 7 e 8 de janeiro de 2023.
Na semana passada, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que na véspera dos ataques que vandalizaram as sedes dos Três Poderes chegou a editar uma portaria prevendo a atuação da Força Nacional em Brasília. Porém, Dino disse que não houve qualquer resposta do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Segundo o ministro, por um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), a Força Nacional só pode atuar nos estados e no Distrito Federal com anuência do governador. A CNN procurou a assessoria de Ibaneis Rocha mas ainda não recebeu nenhum posicionamento.
A Força Nacional diz no relatório que empenhou um pelotão de choque no interior do Edifício Sede do Ministério da Justiça e, como efeito, não houve qualquer dano aos prédios e patrimônios.
Foram empregados, segundo o documento, noventa agentes divididos em três pelotões que ficaram de prontidão na sede do Ministério da Justiça.
No relatório, a Força Nacional também enviou fotos de agentes que foram feridos nos atos golpistas e disse que, apesar da situação, eles conseguiram blindar o prédio contra depredações.
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