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Jão ‘pega fogo’ em apresentação com cover, surpresas e balé potente
Jão ‘pega fogo’ em apresentação com cover, surpresas e balé potente
Foi ao som da faixa “Acontece” — em voz e violão — que Jão abriu seu show que não economizou na teatralidade: lá estava um cenário de contornos televisivos (como um programa musical), um esperto balé de meninos e meninas e mais uma série de estruturas circulares de bonitas luzes amarelas.
O cantor de usava óculos escuros, calça e jaqueta de couro, fazendo as vezes de bad boy — a mesmíssima temática da canção “Santo”, apresentada na sequência. O hit solar “Me Lambe” — foi convite para que Interlagos (cheio de lama) tornasse uma escorregadia pista de dança. Energia que foi seguida pela Pop-romântica “Idiota” — um dos maiores hits da carreira do cantor de apenas 30 anos.
Testando a fluência da geração Z (onde tem um bocado de fãs), Jão decidiu lançar mão de um conver: o sucesso “Linger”, lançada em 1993 pelos irlandeses do The Cranberries — vale dizer que nem mesmo Jão era nascido nesse ano em questão. Apesar do bonito momento, a plateia empolgou mais na cantoria da faixa do próprio cantor “Alinhamento milenar”, que foi apresentada logo antes — e celebrada com intensidade.
O clima pegou fogo (literalmente) em Religião, na qual a cenografia exibia labaredas entre a plateia e o corpo de baile, que sensualizava ao redor do cantor, entregue aos toques e carinhos dos colegas de palco.
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O grande trunfo da apresentação foi justamente a instalação de um clima de surpresa a cada início de uma nova canção — que poderia inovar num arranjo mais dançante ou em alguma inventividade do balé. Em suas redes, Jão antecipou que esse seria um show pensado especialmente para o festival e não uma versão condensada de sua “Superturnê” que correu o país até janeiro deste ano em grandes arenas. O que se manteve foi apenas o apreço das canções preferidas dos fãs, caso de “Meninos e Meninas”, lançada originalmente em 2021.
Antes de despedir-se do palco (e do público pois deve entrar num período de férias antes de iniciar a gravação do próximo álbum) o artista apareceu devidamente emocionado para cantar “Essa eu fiz pro nosso amor” — na qual declarou-se não só ao amor romântico mas também a legião de fãs que ele disse ter em mente desde os primeiros momentos da manhã. Rapidamente, despediu-se, vestindo uma pesada jaqueta em chamas (de verdade) — simbolo perfeito da intensidade que emanou do começo ao fim da apresentação.
