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Lula volta à ‘colheita’ em agenda no Rio, alfineta Castro e dá recado sobre ingerência política em hospitais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu hoje, no Rio, a primeira agenda de entrega em viagem desde a cirurgia na cabeça que fez em dezembro. Ao reinaugurar a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, o petista alfinetou o governador Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não compareceu à cerimônia.

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— O governador foi convidado e não veio. Não quero saber o partido do governador, a religião, o time que ele torce. Ele foi eleito pelo povo e foi convidado para estar aqui. Convido todos — afirmou sobre Castro, que fez críticas ao governo federal nas últimas semanas por causa do veto a pontos do projeto de renegociação da dívida dos estados.

Outro recado de Lula se concentrou no histórico de ingerência política nos hospitais federais do Rio, que atinge inclusive setores do PT.

— Isso aqui não é comitê eleitoral de ninguém. Quem quiser voto, que vá para a rua pedir — disse. — Senador não é dono de hospital, deputado não é dono de hospital, vereador não é dono de hospital.

Em coletiva de imprensa na semana passada, o presidente apontou que voltaria à “colheita” em 2025. A expressão se refere a colher os frutos políticos, com viagens pelo país, de entregas do governo, que teve piora de avaliação na última pesquisa Quaest.

Tentativa de reconquistar o Rio

Antes do acidente que o fez parar de viajar pelo país, o petista vinha prestigiando o Rio em diversas agendas. A avaliação do presidente é ruim no estado, berço do bolsonarismo. Para o ano que vem, o PT espera uma aliança com o prefeito Eduardo Paes (PSD), provável candidato a governador.

— Depois que o presidente se recupera, o primeiro lugar que ele escolhe para vir é o que ele mais ama, que é o Rio de Janeiro — comemorou Paes no hospital. — Quando Lula está no poder, o Rio melhora e avança.

Entre o segundo turno de 2002 e o de 2014, o PT venceu as eleições presidenciais no estado. A partir de 2018, no entanto, o bolsonarismo ocupou o espaço. A vitória nacional de Lula em 2022 foi a primeira do partido sem ter pintado o mapa fluminense de vermelho. Cientistas políticos costumam apontar a urgência da segurança pública, tema no qual a direita dá respostas mais sedutoras, como uma das explicações, além do predomínio de igrejas evangélicas nas áreas mais pobres.

Lula participou da reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso. Vitimado por um incêndio e fechado desde 2020, o espaço conta agora com 50 leitos em duas áreas, adulta e pediátrica. A medida faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro

Os hospitais da União no estado são historicamente conturbados, com problemas de administração e ingerência política. No ano passado, a prefeitura carioca assumiu o controle de duas unidades antes federais, Andaraí e Cardoso Fontes.

O presidente esteve acompanhado da ministra da Saúde, Nisia Trindade, e dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), além do prefeito, deputados e secretários.

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