Nesta terça-feira (11), a juiza responsável por julgar a tentativa de embargo que a FTC tentou fazer contra a compra da Activision Blizzard apontou a Microsoft como a vencedora do caso. Segundo Jacqueline Scott Corley, embora a compra mereça ser analisada com cuidado, a dona do Xbox já fez diversos compromissos públicos provando que está disposta a cooperar com entidades regulatórias para manter o equilíbrio do mercado.
“A aquisição da Activision pela Microsoft tem sido descrita como a maior da história da tecnologia. Ela merece escrutínio. Esse escrutínio teve resultados: a Microsoft se comprometeu de forma escrita, em público e nas cortes a manter Call of Duty no PlayStation por 10 anos em paridade com o Xbox”, destaca a juíza.
Em sua decisão, ela também destacou os acordos que a companhia fez com a Nintendo e com diversos serviços de jogos pela nuvem. “Por essas razões explicadas, a Corte decide que a FTC não demonstrou uma probabilidade de prevalecer sua alegação de que essa fusão vertical específica nesse setor específico pode diminuir substancialmente a concorrência”.
Aquisição pela Microsoft vai aumentar a competitividade, afirma juíza
Em sua decisão, a magistrada também apontou que as evidências mostram que, na prática, as ações da Microsoft devem contribuir para trazer Call of Duty para um número maior de pessoas. “Assim, REJEITA-SE o pedido de liminar”, afirma a decisão final compartilhada pelo tribunal da Califórnia.
Em sua decisão, a juíza afirma que há razões para se preocupar com o destino do mercado de jogos pela nuvem e concorda com o posicionamento da dona do Xbox de que o Nintendo Switch é parte do mesmo segmento de mercado que ela. Ao mesmo tempo, ela concordou com a posição da FTC de que o PC não deve ser julgado como parte do mesmo mercado que os consoles de mesa.
A decisão foi comemorada no Twitter por Brad Smith, presidente da Microsoft, e por Phil Spencer, chefe da divisão Xbox. Ao mesmo tempo, um representante da FTC afirma que a entidade está desapontada com a perda, mas que já está planejando seus próximos passos para tentar barrar a compra da Activision Blizzard.
Com a decisão, a companhia pode finalizar a compra da publicadora dentro da data programada (o dia 18 de julho), mas só se deixar o Reino Unido de fora do negócio. A empresa está em fase de apelação da decisão da CMA britânica, que se mostrou contrária à fusão, cuja primeira audiência está marcada para o dia 28 de julho. A FTC tem até o dia 14 de julho para apelar da decisão da juíza Jacqueline Scott Corley, mas movimentos recentes da entidade indicam que o revés desta terça-feira pode fazer com que ela desista de se opor à compra.
Fonte: The Verge
