O Beelink GTR7 é um mini-PC com especificações poderosas, levando ao limite a performance possível em um dispositivo deste porte. O principal componente que viabiliza esse desempenho é um novo chip da AMD.
Link de compra do Beelink GT7R
A AMD atualizou sua linha de processadores para notebooks e dispositivos compactos com a linha AMD Ryzen 7840HS, codinome “Dragon Range”, para alta performance nesses computadores com menos espaço.
A Phonenix Point é a plataforma com gráfico integrados mais potente da AMD
O modelo de testes que recebemos vem com o AMD Ryzen 7 7840HS, com um total de 8 núcleos na microarquitetura Zen4 no processador e a placa de vídeo integrada é uma AMD Radeon 780M, com um total de 12 Compute Units baseadas em RDNA 3.
A Beelink também tem seus méritos no projeto, primeiro ao colocar uma porrada de conectividade no computador compacto. Sem exagero, ele faz PCs de mesa passarem vergonha, com 7 conexões USB, duas conexões Ethernet, DisplayPort e HDMI.
Mas outro mérito inclui o sistema de arrefecimento capaz de comportar até 65W de TDP, possibilitando a operação em alta carga do AMD Ryzen 7 7840HS e Ryzen 9 7940HS, os dois chips utilizados pela Beelink no GTR7.
Especificações completas testados:
- CPU: AMD Ryzen 7 7840HS, 8 cores/16 threads, 5.1GHz
- Gráficos: AMD Radeon 780M (até 2700MHz)
- Armazenamento: 2x M.2 2280 PCIe 4.0 SSD
- Memória: Dual DDR5 Channel (SODIMM Slots×2, até 5600MHz, até 64GB)
- Conectividade sem fio: WiFi 6, Bluetooth 5.2
- Fonte com conector magnético (Adaptador de 19V)
- Conexões:
– 2x USB 4
– 3x USB 3.2
– 2x USB 2
– 1x DisplayPort 1.4
– 1x HDMI 2.1
– 2x LAN 2.5G
– 1x Type-C
– 2x Audio Jack
Benchmarks de processador
Bechmarks versus gráficos integrados
Benchmarks versus placas de entrada
Conclusão
O Beelink GT7R, equipado com o AMD Ryzen “Phoenix Point”, é um PC bem impressionante. A Beelink mandou bem no design, com um sistema de arrefecimento caprichado que possibilita tirar toda a performance possível do chip AMD Ryzen 7 7840HS, além de incluir uma quantidade absurda de conexões, fazendo inveja até mesmo a PCs em formatos tradicionais maiores.
O GT7R é um mini-PC impressionante tanto pela performance quanto pela conectividade
O desempenho é excepcional tanto em processador quanto em GPU, como o Ryzen 7 coneguindo ficarna balada de bons CPUs de desktop, como o Ryzen 7 7600X e Core i5-13400F, e o gráfico integrado Radeon 780M tem a maior performance que já medimos em uma iGPU, capaz de fazer frente até a algumas placas de vídeo dedicadas de entrada.
Tudo isso é muito impressionante, mas então vamos para alguns problemas. O primeiro é o custo. O Bee-Link GT7R custa quase R$ 4 mil, o que coloca ele em um patamar acima do custo de máquinas de porte tradicional e com gráficos dedicados. Aqui é fácil argumentar em favor do GT7R, afinal, essa portabilidade dele é imbatível, e faz todo sentido optar por ele se você precisa de algo nesse perfil.
Mas aí vem o maior problema, e poxa, AMD. Em tempos recentes temos indicado com mais frequência placas de vídeo do lado vermelho da força, especialmente as Radeon RX série 6000 e 7000, graças a uma estabilidade e mais qualidade nos drivers. Mas usar o GT7R foi praticamente um reencontro com a “velha AMD”.
Depois de rodarmos nossos testes com vários games, decidimos testar FIFA e Valorant, ambos games que dependem de inicialização segura para rodar. Ao fazer isso, o Windows, que usava um driver beta, simplesmente ejetou o driver e voltou para o driver gráfico padrão. Aí nossos problemas começaram, já que não há no site da AMD sequer discriminado o Ryzen 7 7840HS como um hardware disponível. Tentar instalar através do detector de driver da AMD ou só puxar o Adrenalin mais recente resulta em um erro de hardware não reconhecido. A parte de chipset vai, mas os gráficos, não.
Tivemos uma experiência ruim no suporte e nos drivers de vídeo o Beelink GT7R
Sem o driver, os games simplesmente pararam de funcionar, bem como resoluções de telas maiores, tornando o sistema praticamente inutilizado para muitas ações.
Revirando os fóruns da AMD, lá no AMD Community, a galera não tem recebido respostas claras, mas descobrimos que esses drivers parecem estar por conta da integradoras, as empresas que montam seu PC.
Isso já é péssimo por fazer com que seu computador seja dependente da boa vontade da empresa que monta o PC em atualizar o software, algo que não costuma trazer incentivos para ser feito por longo prazo, afinal é melhor focar em novos produtos do que ficar dando suporte para os antigos. Mas nossa experiência conseguiu ser ainda pior.
Fica pior porque depender das OEM é pedir para dar errado, e deu. No momento em que essa treta toda começou, o site de suporte da Bee-Link estava simplesmente fora do ar. E vasculhando nos fóruns, encontramos alguém com o mesmo problema que a gente.
Ele recebeu a sugestão de fazer o rollback do driver, algo que não funcionou nem para ele, nem para nós. Aí outro usuário pediu só que enviassem os drivers, algo que ele parece estar no vácuo.
O Beelink GT7R é um mini-PC impressionante, com alta performance e conectividade muito completa. Falta só um suporte mais robusto de drivers.
Em defesa da Bee-link, ao fazermos contato, recebemos um link por e-mail para baixar via Mega.com, algo que, vamos combinar, está longe do ideal tanto por termos que pedir o link, quanto pelo fato que estamos baixando de forma totalmente suspeita os drivers do dispositivo. Mas após baixar, estamos com o PC funcionando corretamente de novo.
Mas fica difícil recomendar um produto que está a uma atualização do Windows ou a uma mudança de configuração de BIOS de dar um pinote e perder toda essa performance. Eu espero que isso seja corrigido e rápido, e a AMD não fique delegando mais a atualização de seu driver do gráfico integrado e comece a ativamente garantir essa estabilidade e confiabilidade, ela mesma.
Caso contrário, está pondo todo esse hardware impressionante a perder por culpa de um gerenciamento estabanado de software. Ou, pelo menos, a Beelink melhore a forma como disponibiliza os drivers desse dispositivo.