ONU libera plano que vai despejar água residual de Fukushima no oceano

Passados 12 anos do desastre nuclear em Fukushima, no Japão, as águas residuais da usina poderão ser despejadas no Oceano Pacífico, após autorização de agência da Nações Unidos (ONU). A decisão foi tomada após uma extensa revisão científica que levou dois anos para ser concluída.

  • Como aconteceu o incêndio na usina nuclear de Fukushima?
  • O que é Césio-137?

Embora a água seja considerada inicialmente radioativa, as autoridades japonesas conseguiram tratar toda a radioatividade, exceto o trítio — um isótopo radioativo do hidrogênio. Para evitar qualquer problema inesperado, as águas serão mais uma vez diluídas antes do despejo final, como estipula a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), da ONU.

Aqui, também vale ressaltar que não há risco significativo de contaminação ambiental envolvendo césio-137 e estrôncio-90, mas todos os trabalhadores serão regularmente testados para estes outros isótopos radioativos.


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Agência da ONU considera seguro despejar água radioativa de Fukushima no mar (Imagem: Slightly_different/Pixabay)

Oficialmente, o governo do Japão ainda não anunciou o cronograma que prevê o despejo das águas residuais da usina nuclear de Fukushima Daiichi no oceano. Mesmo assim, os planos não são consenso entre alguns grupos ambientalistas e a comunidade internacional, incluindo os vizinhos China e Coreia do Sul.

Japão vai despejar água “radioativa” de Fukushima

Após revisar os dados envolvendo a operação, a agência da ONU classifica como segura estratégia de jogar a água radioativa, desde que tratada, no mar. “A AIEA concluiu que a abordagem e as atividades para o descarte de água tratada pelo ALPS [Sistema Avançado de Processamento de Líquidos] adotadas pelo Japão são consistentes com os padrões internacionais de segurança”, afirma Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da AIEA, no relatório.

“Além disso, a AIEA observa que as descargas controladas e graduais da água tratada no mar, conforme planejado e avaliado pela TEPCO, teriam um impacto radiológico insignificante nas pessoas e no meio ambiente”, acrescenta o especialista sobre os potenciais desdobramentos da operação.

Entenda o problema após o acidente nuclear de Fukushima

Há mais de 10 anos do acidente na usina nuclear, iniciado com um terremoto de magnitude 9,0 na escala Richter e seguido por tsunami e um incêndio, alguma medida era necessária em relação a essa água radioativa. Isso porque, hoje, o espaço de armazenamento japonês está próximo do limite.

Japão vai despejar água usada em acidente nuclear no oceano, após tratamento (Imagem: Lobachad/Envato)

Após o episódio, foram construídos cerca de mil tanques para armazenar a água usada para resfriar os reatores da usina nuclear. Somando o volume dos tanques, são mais de 1,3 milhão de toneladas de águas residuais já tratadas.

Como a IAEA aponta, “quase toda a radioatividade [já foi removida], exceto o trítio”. Por isso, o volume total de água ainda precisará ser diluído antes que as águas residuais sejam despejadas no oceano. Com isso, o líquido despejado estará dentro dos padrões de segurança em relação ao trítio, conforme indicam os estudos. Aqui, vale ressaltar que não há risco da liberação do césio-137 no ambiente.

Leia a matéria no Canaltech.

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  • Redação Uberlândia no Foco

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