A OpenAI, fundada há uma década como uma organização de pesquisa, está considerando uma reestruturação. As mudanças na empresa dona do ChatGPT criariam uma corporação voltada ao lucro, com ações ordinárias, e uma divisão sem fins lucrativos. O conselho está avaliando um plano que transformaria o negócio em uma corporação de benefício público — uma entidade livre para buscar investidores, mas com a obrigação de equilibrar interesses de acionistas, colaboradores, fornecedores e o interesse público.
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As informações foram detalhadas no site da companhia nesta sexta-feira. Como parte da nova estrutura, o braço sem fins lucrativos teria ações na entidade lucrativa.
Como antecipou a Bloomberg no início de novembro, a empresa comandada por Sam Altman estava explorando as opções em negociações com reguladores na Califórnia e em Delaware sobre a potencial mudança. O anúncio, agora, sinaliza que o conselho está pronto para seguir em frente com uma reestruturação.
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O atual braço com fins lucrativos da OpenAI é controlado pela organização sem fins lucrativos. Com a proposta, o negócio se tornaria uma Delaware Public Benefit Corp. (corporação de benefício público de Delaware), ou PBC.
A entidade sem fins lucrativos continuaria a existir como uma das “organizações sem fins lucrativos com melhores recursos da história”, segundo afirmou a empresa. Ela teria uma “participação significativa” no braço com fins lucrativos, na forma de ações determinadas por consultores financeiros independentes.
Atração de investidores
Quando a OpenAI foi fundada em 2015, ela adotou a missão idealista de construir inteligência artificial que seria segura e benéfica para a humanidade. Em 2019, a empresa criou a subsidiária com fins lucrativos para ajudar a financiar os altos custos do desenvolvimento do modelo de IA. Em 2022, quando estreou seu chatbot ChatGPT, a empresa se tornou uma superpotência na indústria de inteligência artificial — e colocou suas operações sob maior escrutínio.
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Uma estrutura simplificada com fins lucrativos é considerada mais atrativa para os investidores, embora possa levantar questões sobre se a empresa com base em São Francisco está mantendo sua missão pública original.
Elon Musk, cofundador e investidor inicial da OpenAI, entrou com uma ação judicial contra a empresa em agosto, acusando-a de violar um acordo para operar como uma organização sem fins lucrativos. Musk pediu recentemente a um tribunal federal que bloqueie a OpenAI de buscar uma conversão para um negócio com fins lucrativos enquanto sua luta legal se desenrola.
O conselho da OpenAI disse que o plano proposto garantirá que o braço com fins lucrativos da empresa seja bem-sucedido a longo prazo. Isso ajudará a organização sem fins lucrativos a levantar fundos e executar melhor sua missão, de acordo com a publicação.
“Mais uma vez, precisamos levantar mais capital do que imaginávamos”, disse o conselho. “Os investidores querem nos apoiar, mas, nessa escala de capital, precisam de capital convencional e menos personalização estrutural.”
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O conselho disse que o plano que está considerando equiparia melhor a organização sem fins lucrativos da OpenAI para buscar iniciativas de caridade em setores como saúde, educação e ciência.