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Planetas com água líquida podem ser mais comuns do que pensávamos

É possível que a chance de existir água líquida em exoplanetas seja maior do que se pensava. Como a água é um ingrediente essencial para a vida como conhecemos, isso significa que a quantidade de mundos habitáveis no universo seja maior do que aquela estimada até então.

A descoberta vem de um estudo liderado por Lujendra Ojha, cientista da Universidade Rutgers. “Isso aumenta significativamente as chances de encontrar lugares onde a vida poderia, teoricamente, se desenvolver”, disse ela, em um comunicado.

Ojha e os demais autores concluíram que mesmo os exoplanetas com superfícies congeladas podem ter oceanos de água líquida escondidos sob o gelo. “Antes de começarmos a considerar esta água na subsuperfície, as estimativas apontavam que cerca de 1 planeta a cada 100 estrelas teria água líquida”, explicou ela.

Já o novo modelo mostra que, se as condições forem adequadas, o número sobe para um planeta a cada estrela. Portanto, as chances de encontrar água líquida em outros mundos podem ter 100 vezes maiores do que se pensava.

Para chegar a estes resultados, os pesquisadores estudaram planetas encontrados ao redor das estrelas anãs vermelhas. Elas são as estrelas mais comuns da Via Láctea, e são menores e mais frias que o Sol.

Depois, eles trabalharam com dois cenários nos quais planetas rochosos, com camadas congeladas, podem manter água líquida: um deles envolve o efeito estufa, que permite que a água se mantenha em estado líquido, enquanto o outro vem do calor do interior do planeta, emitido por radiação.

Então, eles modelaram a viabilidade da ocorrência da água líquida e de ela se manter neste estado nos exoplanetas ao redor de anãs vermelhas, considerando somente o calor vindo do planeta. “Descobrimos que, quando consideramos a possibilidade de água líquida gerada pela radioatividade, é provável que uma alta quantidade destes exoplanetas tenha calor suficiente para sustentar água líquida — muito mais do que pensávamos”, acrescentou.

Outro possível mecanismo é o calor gerado pela fricção causada pelas forças das marés gravitacionais, como ocorre na lua Encélado, de Saturno. Apesar de ser coberta por uma camada congelada, os efeitos gravitacionais do planeta fazem com que ela mantenha água líquida sob o gelo.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature e vai ser apresentado durante a Conferência Goldschmidt.

Fonte: Nature; Via: Eurekalert

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