O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol declarou nesta terça-feira (3) que irá revogar a lei marcial, após a medida ser rejeitada por unanimidade em uma votação emergencial na Assembleia Nacional. O anúncio veio depois de intensas críticas, protestos em massa e pressão tanto da oposição quanto de membros do próprio governo.
A lei marcial, que restringia direitos civis e colocava a legislação sob controle militar, foi decretada por Yoon sob o argumento de combater “forças pró-Coreia do Norte”. No entanto, a decisão surpreendeu o país, gerando indignação generalizada.
Em resposta, os 190 deputados presentes na Assembleia Nacional votaram contra a medida, forçando o presidente a revogar o decreto imediatamente, conforme previsto na legislação.
Reações e protestos
Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Seul, exigindo o fim da lei marcial e a renúncia do presidente. Líderes da oposição, como Lee Jae-Myung, classificaram a medida como inconstitucional e um ataque à democracia. Além disso, a possibilidade de um processo de impeachment contra Yoon começou a ser discutida entre as legendas opositoras.
A decisão de revogar a lei foi comemorada nas ruas, com manifestantes celebrando o que consideram uma vitória da democracia sul-coreana.
Críticas internas e consequências políticas
Membros do próprio governo também se manifestaram contra a medida. O episódio deixou o presidente Yoon politicamente fragilizado e aumentou as tensões entre o governo e a oposição, que já vinha questionando suas ações em outras áreas.
O caso representa um momento de grande turbulência política na Coreia do Sul, ressaltando as fragilidades institucionais diante de crises internas e externas.