O Republicanos não pretende endossar a indicação de um de seus integrantes para um ministério do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo integrantes da cúpula do partido ouvidos reservadamente pela CNN.
A cúpula da legenda tem reforçado ainda que caso um político do partido seja indicado não se tratará de uma indicação do Republicanos, mas sim de uma escolha pessoal do presidente Lula.
Na semana passada, em meio às negociações em torno da reforma tributária e do projeto de lei do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a possibilidade de uma reforma ministerial surgiu com força. A indicação de um integrante do Republicanos ganhou terreno diante do apoio que o partido deu à reforma tributária, por exemplo.
O nome mais citado é o do deputado Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco. Filho do ex-deputado Silvio Costa, um dos mais fervorosos defensores da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment do qual a petista foi alvo em 2016, Silvio Costa Filho é tido no partido como um dos deputados mais “lulistas” dentro da legenda.
Integrantes do Palácio do Planalto ouvidos pela CNN afirmam que a negociação pelo apoio do Republicanos acontece em um ritmo mais devagar que com os outros partidos por causa da relação da legenda com a Igreja Universal do Reino de Deus. A resistência no setor evangélico com o PT é apontada como um dos entraves para essa aproximação.
Por isso, articuladores políticos do governo sabem que será difícil um apoio formal da sigla, mas têm contado com a boa vontade do partido para aprovar a agenda econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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