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Review Kindle Scribe | O leitor de livros da Amazon virou um caderno

A Amazon praticamente domina o mercado e-readers com a linha Kindle e, recentemente, trouxe um modelo inédito ao seu portfólio de dispositivos: o Kindle Scribe. O gadget mantém sua funcionalidade principal, que é a leitura de e-books, e traz um novo recurso, que possibilita que o usuário faça anotações ou escreva em “cadernos” digitais.

Para isso, ele conta com uma caneta digital, que já vem no kit, e mantém a tela e-ink que simula um papel, para garantir um experiência mais próxima da realidade. Dessa forma, ela se torna uma boa opção para quem quer um dispositivo para estudos, já que além de ler, você ainda pode fazer anotações em um só lugar.

Mas será que realmente vale a pena? Eu testei o e-reader da Amazon pelos últimos dias e agora trago a minha opinião sobre o novo leitor de livros digitais da Amazon.

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Design e construção

O design do novo Kindle lembra um pouco o do Kindle Oasis. Ele tem a borda de um lado da tela mais discreta, enquanto a outra é bem larga. Isso facilita na hora de segurar o leitor com uma mão e evita toques acidentais. Ao contrário do Oasis, no entanto, ele não tem botões físicos para trocar de páginas.

Outro ponto que difere o Kindle Scribe do Kindle Oasis é que a parte traseira do modelo mais recente é totalmente plana, enquanto o leitor antigo tem uma barra mais espessa, que facilita a pegada. Neste ponto, o Scribe deixa a desejar, pois seu peso pode torná-lo um pouco desconfortável — principalmente porque toda a sua construção traseira e lateral é feita em metal.

Neste aspecto, tenho até um ponto a destacar que me incomodou bastante durante o uso. Eu tenho um Kindle Paperwhite da 11ª Geração e costumo ler deitado, antes de dormir. Com o meu leitor, posso fazer isso com bastante conforto, mas segurar o Kindle Scribe deitado com as duas mãos não é nada confortável e, só com uma, é ainda menos.

Tela

Para quem pede um Kindle com tela grande, o Scribe é a melhor opção. Ele tem a maior tela em um Kindle até o momento, com 10,2 polegadas — contra 7” do Oasis e 6,8” do Paperwhite, por exemplo.

A marca mantém o display e-ink que simula uma folha de papel e, por conta disso, não tem o visor colorido, e sim preto e branco. É uma tela excelente para ler livros e só pode desagradar um pouco quem lê HQs, por exemplo. Por outro lado, ajuda bastante a poupar bateria e torna a exibição bastante confortável.

Assim como as versões Paperwhite signature edition e Oasis, o Kindle Scribe também tem o painel com brilho que pode ser definido automaticamente e conta com ajuste de temperatura — ideal para leitura à noite. O modo noturno também ajuda bastante neste aspecto, já que inverte a cor branca pelo preto e deixa o visor escuro.

Por ter uma tela maior, o Kindle Scribe tem mais LEDs espalhados pelo painel: são 35. Como efeito de comparação, o Kindle Oasis tem 25 e o Paperwhite, 17. Na prática, porém, essa quantidade a mais só cobre o espaço maior da tela e oferece praticamente o mesmo nível de brilho dos demais modelos.

Experiência de leitura

O Kindle Scribe oferece a melhor experiência de leitura para quem não curte tanto as “telinhas” pequenas do Kindle comum ou do modelo Paperwhite. Com 10,2 polegadas, ele se assemelha ainda mais a um tablet e, cada vez mais, passa a sensação de ser um “livro de verdade”.

Assim como nos demais modelos, ele permite ajustar o tamanho da fonte em 14 níveis. No segundo, ele parece ficar mais próximo da “realidade”, com uma letra não tão pequena, mas longe de ser grande. Eu deixei no nível mínimo, e é este que aparece nas imagens neste review. De qualquer forma, você pode definir de acordo com a sua necessidade.

Como eu disse anteriormente, ele mantém as opções de ajuste de temperatura e brilho da tela. Este último pode ser configurado de forma automática, assim como o Paperwhite Signature Edition e o Oasis. Já a temperatura da tela pode ser configurada automaticamente de acordo com o horário ou nascer e pôr do sol.

Há, ainda, uma opção de luz noturna — que não deve ser confundida com o modo noturno. Esta, não deixa a tela escura, mas serve para diminuir o brilho gradativamente durante a leitura de noite para que os olhos se acostumem com a escuridão do ambiente e a luz do Kindle.

No geral, eu achei a experiência de leitura muito boa e a navegação fluida do aparelho torna tudo ainda melhor.

Experiência de escrita

O grande atrativo do Kindle Scribe é sua função de “caderno”, que permite fazer anotações ou qualquer escrita em sua tela e-ink. Para isso, a Amazon oferece o aparelho já com uma caneta inclusa no kit e é possível optar entre a versão básica e a versão premium.

Eu recebi o Kindle com a caneta premium e sua vantagem em relação à básica é que ela já conta com uma borracha dedicada em uma das extremidades e um botão, que permite escolher rapidamente outros tipos de ponta — como caneta-tinteiro, caneta comum, lápis e marcador ou até mesmo outro atalho para borracha.

Tem como usar esse Kindle para escrever?

Sim, e a experiência de escrita é, no geral, muito boa e praticamente sem “lag”. Em um primeiro momento, ao olhar o Kindle Scribe e sua caneta, você pode ter a impressão de não ser tão agradável, mas eu me surpreendi bastante com a funcionalidade.

Ao deslizar o acessório pela tela, você sentirá como se, de fato, estivesse escrevendo em um papel, e essa sensação melhora ainda mais com o efeito sonoro e tátil do Kindle. Não há praticamente nenhum atraso entre o toque e a escrita.

Ao apagar algum conteúdo, você notará que ficam algumas sombras do que foi removido. Mas basta trocar de página e voltar para que tudo fique zerado.

Algo que achei estranho, no entanto, é que se faço uma anotação à mão no Kindle Scribe, eu não consigo visualizar essa nota em outro modelo de Kindle — como o Paperwhite — ou se acesso o ebook pelo app no celular mesmo tendo esses aparelhos conectados na mesma conta Amazon.

Por outro lado, tudo o que é escrito pode ser enviado rapidamente por e-mail, para o endereço cadastrado previamente. O usuário pode optar por enviar o texto de forma original, ou seja, manuscrito, ou converter em texto digital para abertura no Word ou Bloco de Notas, por exemplo.

Bateria

Assim como outros modelos de Kindle, a Amazon promete “semanas de uso” para o Kindle Scribe. Essa duração, é claro, depende de vários aspectos — como a quantidade de horas que você irá ler por dia, além do brilho e temperatura da tela.

De qualquer forma, achei a autonomia um pouco menor do que eu estou acostumado com o Kindle Paperwhite. Mas isso porque ele oferece uma função a mais, que é a de escrita.

Eu notei que a bateria acaba bem mais rápido quando uso a função de caderno do Scribe. Eu fiz um teste e, após escrever por 20 minutos, o consumo foi de 3%. Em leitura, com brilho definido no sete e temperatura no mínimo, o gasto também foi de 3%, mas durante uma hora de uso.

Dessa forma, se eu escrever por duas horas e ler por mais duas horas diárias, a bateria do dispositivo pode zerar em poucos dias.

Concorrentes diretos

No mercado brasileiro, não há praticamente nenhum concorrente para os Kindles comuns, ainda mais para o Scribe. Depois da saída da linha Kobo do Brasil e da Saraiva descontinuar a linha Lev, os e-readers da Amazon são praticamente a única opção disponível no nosso país.

No mercado global, no entanto, há alguns dispositivos que batem de frente especificamente com o Scribe. O primeiro é o Kobo Elipsa 2e. Apesar de não ser vendido aqui, o modelo oferece exatamente o mesmo que o Kindle Scribe: ele funciona tanto como um leitor de livros quanto como um caderno digital.

Há algumas diferenças sutis, no entanto. O Kobo, por exemplo, permite fazer anotações direto no livro — como se escrevesse nas bordas ou rodapé da página — enquanto no Kindle é necessário abrir uma anotação dentro do livro e fazer a nota à mão.

O Kindle, no entanto, oferece mais vantagens por ter uma tela com mais densidade — são 300 ppi contra 227 ppi — e oferece um desempenho superior para navegação e escrita. Além disso, ele oferece versões de até 64 GB, enquanto o Kobo tem apenas a versão de 32 GB.

Outra alternativa é o reMarkable 2. Esse dispositivo, porém, não é um simples leitor de ebooks. Na verdade, ele é basicamente um tablet com tela e-ink que também possui suporte para uma caneta digital para que o usuário possa escrever como se fosse em um papel de verdade.

Uma desvantagem do reMarkable 2 é que ele não possui iluminação embutida como os Kindle e o Kobo. Então se for usá-lo à noite, você precisará de uma fonte de luz externa, como uma luminária ou algo do tipo. Além disso, o dispositivo não possui uma caneta já inclusa no kit, então você precisa adquirir o acessório separadamente ou em kits pré-definidos.

Quanto à faixa de preço, o Kindle é o mais acessível entre os três. Com a versão básica da caneta e 16 GB de armazenamento, seus preços partem de US$ 379. Já o Kobo custa a partir de US$ 399 e um kit do reMarkable com uma caneta e alguns acessórios extras custa US$ 600.

Infelizmente, nenhum dos três é tão facilmente encontrado no mercado brasileiro, mas já vi ofertas do Kindle Scribe no Mercado Livre por pouco menos de R$ 4.000 — o que não é, nem de longe, um preço muito bom de se pagar em um Kindle.

Kindle Scribe: ótimo para unir leitura e escrita, mas o preço não agrada

O Scribe é, de fato, uma boa adição à linha Kindle e o aparelho se destaca muito bem em tudo o que se propõe: é um ótimo leitor de ebook e funciona perfeitamente para fazer anotações, seja nos livros ou nos cadernos — que chega como um novo recurso da linha.

Seu design é bem avantajado e, embora isso possa ser excelente para quem quer um Kindle com tela grande, por outro lado, pode oferecer um pouco de desvantagem, porque o dispositivo não é tão confortável para quem gosta de ler antes de dormir. Mas este é um cenário bem específico, então não chega a incomodar tanto.

Mas o preço é o grande problema. Ele custa US$ 380 em sua versão mais básica e, em conversão direta, isso equivale a mais de R$ 1.800. Então, ele não deverá custar menos do que isso quando chegar ao Brasil — isso é, se chegar. Esse já não é um preço muito agradável de se pagar em um Kindle, ainda mais os quase R$ 4.000 atuais cobrados por quem importa o aparelho.

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