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Sepse: conheça os sintomas e os tratamentos

Vitoria Rondon

Sepse: conheça os sintomas e os tratamentos

A sepse, também conhecida popularmente como ‘infecção generalizada’, é uma das principais causas de morte nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) de todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é responsável pelo falecimento de cerca de 11 milhões de vítimas por ano.

Em resumo, o problema trata-se de uma reação inflamatória do corpo, que luta contra algum tipo de infecção que se espalhou pelo organismo que, quando não identificada e tratada rapidamente, pode evoluir para uma sepse.

Contudo, essa breve explicação não contempla toda a complexidade da doença. Por isso, o Dr. Álvaro Costa, diretor da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), explica quais são os sintomas, os fatores de risco e como tratar a condição para evitar problemas mais graves. Veja!

Principais causas e fatores de risco da doença

Segundo o Dr. Álvaro Costa, de maneira geral, as bactérias são as principais causadoras de sepse, mas o contato com
vírus e fungos

também pode desenvolver a doença, causando infecções que afetam rins, abdômen, sistema urinário e pulmão, principalmente em pacientes idosos, com imunidade baixa e imunodeficiências.

“A sepse é um extremo maior de gravidade que esses pacientes podem evoluir, porque é uma inflamação exagerada, e o efeito final acaba sendo não só combater a infecção, mas lesar o nosso organismo de alguma maneira”, diz o especialista, que ressalta a importância de identificar os sintomas da doença rapidamente.

“Um atraso na ida ao pronto-socorro num contexto de gravidade é um fator de risco de evolução para uma doença mais grave. E fatores relacionados à própria pessoa, especialmente de maior vulnerabilidade a infecções, pessoas não vacinadas, idosas, que tem um déficit imunológico, e doenças crônicas não controladas.”

Sintomas
da sepse

A sepse é uma doença complexa e grave que, por ser causada por diferentes tipos de
infecção,

apresenta diversos sintomas que devem ser observados pelo paciente, como:

  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Alterações na respiração;
  • Baixa produção de urina;
  • Confusão mental.

Diagnóstico
da sepse

Com enfatizado pelo especialista, a condição deve ser identificada o mais rápido possível, pois quanto mais tempo levar maiores são as chances de óbito. Para isso, o médico poderá solicitar diversos exames, como hemograma completo, gasometria (exame que mede o pH e a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue), raio-x e tomografias.

“[O diagnóstico da sepse] dependerá da avaliação clínica e laboratorial para identificar e tratar a
doença

subjacente, ou seja, que deu origem a esse processo infeccioso, o que pode ser feito por meio de exames de sangue, e, se necessário, outros tipos, como cultura das secreções respiratórias e das lesões cutâneas pré-existentes, entre outros”, expõe o Dr. Álvaro Costa.

Choque séptico é a evolução da sepse e leva a falência rápida de órgãos (Imagem: Design_Cells | Shutterstock)

Relação entre a sepse e o choque séptico

Segundo o especialista, o choque séptico nada mais é do que um subconjunto da sepse, ou seja, uma evolução do quadro do paciente com sepse. Neste momento, a infecção se alastra rapidamente pelo corpo, afetando vários órgãos e resultando em um estado de falência circulatória. “[No choque séptico] acontece uma queda drástica da pressão arterial, que pode levar à falência de órgãos. O risco de morte é mais elevado que na sepse”, revela o médico.

Formas de prevenção

Para prevenir a sepse é necessário manter o corpo longe de infecções e possíveis complicações, pois os cuidados envolvem ter um estilo de vida saudável e a realização de exames regulares. Nesse sentido, o Dr. Álvaro Costa elenca dicas simples que podem ser adotadas no dia a dia, como:

  • Seguir o
    calendário de vacinação;
  • Controlar o sono;
  • Ter uma alimentação saudável;
  • Praticar atividade física;
  • Tratar doenças crônicas;
  • Lavar as mãos regularmente.

Tratamentos
contra a sepse

Para tratar a sepse é necessário que se conheça o foco da infecção. No entanto, o Dr. Álvaro Costa explica que “geralmente, mesmo antes de identificar o agente infeccioso, são introduzidos antibióticos de largo espectro, já que esses medicamentos demonstram eficácia contra uma variedade maior de bactérias, até sabermos a causa para direcionar ao tratamento correto. Existem casos ainda que exigem medidas como ventilação mecânica, para controlar a insuficiência respiratória, hemodiálise para insuficiência renal, a fim de eliminar as toxinas e o excesso de líquidos, entre outras abordagens”, conclui o especialista.

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