A sonda Parker Solar, da NASA, fez mais uma aproximação do Sol. Nesta segunda (3), a NASA confirmou que a nave completou sua 16ª órbita pelo nosso astro no fim de junho. Ela ficou a cerca de 8,5 milhões de quilômetros da fotosfera, nome dado à superfície solar.
Durante a passagem, a Parker Solar estava viajando a mais de 585 mil km/h. Enquanto atravessou a coroa solar, a nave encarou temperaturas próximas de 1 milhão de graus Celsius, mas seus instrumentos estavam a confortáveis 29,4 ºC.
A diferença de temperatura é resultado do escudo térmico que equipa a nave: ele tem 11,4 cm de espessura e resiste às altas temperaturas externas, de até 1.400 ºC. Segundo a NASA, a Parker Solar encerrou o sobrevoo em boas condições e segue operando normalmente.
O novo sobrevoo aconteceu quase três meses depois do 15.º, realizado em março. Daquela vez, a Parker ficou a 1,6 milhão de quilômetros da superfície solar e, por sorte, ela estava na linha de visão da Terra. A posição favoreceu observações do Sol junto das missões Solar Orbiter, BepiColombo e Solar Terrestrial Relations Observatory-A.
Para o 16º sobrevoo, os cientistas da missão aplicaram uma pequena correção na trajetória da nave, a primeira feita desde março de 2022. O procedimento é necessário para garantir que a Parker vai seguir no curso desejado, e vai também ajudá-la em um sobrevoo por Vênus, programado para agosto.
Os sobrevoos pelo planeta são necessários para a gravidade de Vênus ajudar a Parker a ajustar sua órbita, ficando cada vez mais próxima do Sol. No futuro, a ideia é que ela fique a apenas 6,1 milhões de quilômetros da fotosfera solar.
Fonte: NASA