
Por Warley Luís Pereira da Silva, Gestor em Agronegócio e pós graduado em Agronomia
Você sabia que o que é plantado e colhido nas fazendas de Uberlândia pode estar hoje na mesa de uma família na Alemanha, no Japão ou até no coração do Oriente Médio?
Pois é! O agro de Uberlândia e região não só abastece o Brasil, como também ganha cada vez mais espaço no comércio exterior. E o mais interessante? Não são apenas os grandes produtores que exportam — os pequenos e médios também estão desbravando fronteiras!
Mas afinal, como o produtor rural consegue vender para fora do país? É preciso falar outra língua? Contratar empresas caras? Ter grandes estruturas?
Tudo começa com o básico (mas essencial): qualidade, regularidade e certificações. O produtor precisa garantir que aquilo que planta ou cria — seja soja, milho, café, frutas ou carne — atenda aos padrões exigidos internacionalmente.
A partir daí, surgem as oportunidades. E elas podem estar muito mais perto do que se imagina:
🔹 Feiras internacionais, como a Fruit Logistica (Alemanha) ou a SIAL (França), são vitrines globais onde produtores de Uberlândia já marcaram presença com apoio do SEBRAE e da Fiemg.
🔹 Plataformas digitais, como o Agro.Br e o Comex Stat, conectam produtores a compradores internacionais com poucos cliques.
🔹 Parcerias com tradings e cooperativas também são uma excelente porta de entrada. O produtor vende para essas empresas, que cuidam de toda a burocracia da exportação — o que permite que ele foque no que faz de melhor: produzir com excelência.
Sim, há exigências: CNPJ ativo, registro no Siscomex, notas fiscais, certificados fitossanitários, e em alguns casos, adequações ambientais. Mas o produtor não está sozinho!
Instituições como o Sebrae Minas, a Emater-MG e até a Prefeitura de Uberlândia oferecem suporte técnico e gratuito para orientar esse processo.
Além de estar num dos maiores polos agrícolas do Brasil, Uberlândia tem localização estratégica, com acesso fácil às principais rodovias, ferrovia, aeroporto e proximidade com os portos de Santos e Vitória. Isso significa logística rápida e eficiente para enviar produtos para qualquer lugar do mundo.
Quando o agro de Uberlândia exporta, não é só o produto que atravessa fronteiras — é a força de um povo empreendedor, é o sabor do cerrado, é a riqueza de uma terra fértil que se espalha pelo planeta.
Exportar é mais que vender. É conectar histórias, culturas e economias. E o melhor: com apoio, informação e vontade de crescer, qualquer produtor pode trilhar esse caminho.
Uberlândia já não é apenas celeiro do Brasil — é vitrine para o mundo. E o seu agro, está pronto para esse passo?