
O trauma com as enchentes no Rio Grande do Sul, ocorridas há um ano, deixou uma espécie de legado no segmento de seguros: a demanda pelas chamadas apólices paramétricas, que protegem contra riscos climáticos, deu um salto.
Na corretora de seguros americana Marsh, que opera uma filial no Brasil, as contratações desse tipo de seguro cresceram 20% entre 2023 e o ano passado. As companhias que mais procuram esse tipo de proteção no país atuam em segmentos como agronegócio, geração de energia elétrica e indústria de recursos naturais.
Os seguros paramétricos levam em consideração parâmetros climáticos — como volume ou escassez de chuvas, evolução das temperaturas e inundações — para definir a cobertura. Com base nesses parâmetros e no número de dias em que a operação foi afetada, é calculada a indenização à empresa segurada.
— A tendência reflete a crescente conscientização das empresas sobre a importância de se protegerem contra eventos climáticos extremos e a busca por soluções mais eficazes para mitigar riscos associados às mudanças climáticas — disse Ângela Lacerda, superintendente de seguro de crédito, garantia e paramétrico da Marsh Brasil.