UFU convoca voluntários para pesquisa sobre problemas no sono

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono impacta na saúde dos pacientes. (Foto: Freepik)

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma condição caracterizada pela obstrução transitória e repetitiva das vias aéreas superiores, em particular da faringe, durante o sono. Na SAOS estão incluídas as apneias e hipopneias. A apneia é definida como a falta de fluxo de ar por mais de 10 segundos e a hipopneia é a redução no fluxo de ar em aproximadamente 50% por pelo menos 10 segundos durante o sono. Os principais sintomas são o ronco intenso, o sono noturno interrompido e a sonolência diurna excessiva.

Sobre os impactos da SAOS, eles são variados e atingem diferentes sistemas do corpo humano. Dentre os efeitos cardiovasculares estão a hipóxia intermitente – que é quando o corpo não recebe a quantidade de oxigênio suficiente no sangue, além de inflamação, despertares frequentes e alterações na pressão intratorácica, que podem desencadear hiperatividade do sistema nervoso simpático.

Já os efeitos crônicos são: hipertensão arterial sistêmica (HAS), arritmia, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca (IC), cardiomiopatia hipertrófica, alterações no metabolismo lipídico, glicídico, síndrome metabólica, aterosclerose, doença arterial coronariana (DAC) e acidente vascular cerebral (AVC). Os efeitos neurocognitivos são comumente falta de memória e atenção, sonolência diurna, dor de cabeça ao levantar-se, irritação e o risco de acidentes pela fadiga.

Além disso, os distúrbios do sono propiciam alterações nos mais diferentes órgãos e sistemas. Podem ser observadas alterações desfavoráveis no metabolismo de lipídios e carboidratos, resistência à insulina, hormônio do crescimento, padrões de secreção de corticosteróides e maior risco de câncer. Ainda, a má qualidade do sono pode desempenhar influência na função neurocognitiva e comportamental e desencadear sintomas precoces ou potencializar neurodegeneração em andamento, como nas doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington.

 

Estudo convoca voluntários

Pensando na melhor qualidade do sono de quem sofre com a SAOS, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolve um estudo acerca dos efeitos que os exercícios resistidos e os orofaríngeos podem exercer sobre pacientes que sofrem de apneia do sono. A pesquisa busca voluntários que possuam sintomas de ronco e sonolência durante o dia para que possam ser avaliados e receber tratamento para a doença.

Os exercícios orofaríngeos, também chamado terapia miofuncional orofacial, consistem em conjuntos de exercícios específicos para a musculatura de boca, língua, bochechas e pescoço. Durante o período do tratamento, eles devem ser realizados cinco vezes por semana, sendo uma delas o tratamento presencial e o restante realizado em casa, de modo remoto e com auxílio das terapeutas.

Já os exercícios resistidos para força corporal tem frequência de duas vezes na semana e duração de 55 minutos cada. O objetivo é fortalecer a musculatura de pernas, braços, peito, costas e abdômen.

O tratamento tem duração de 12 semanas, é totalmente gratuito e acontece no Campus Educação Física da UFU, localizado na rua Benjamin Constant, 1286, Bairro Nossa Senhora Aparecida. As modalidades oferecidas são Exercícios Orofaríngeos, Exercícios Resistidos e Educação em Saúde Associada.

Os candidatos passarão por uma avaliação inicial e outra ao final do tratamento para acompanhar a evolução do voluntário quanto a apneia do sono. A análise contém questionários para aferir a apneia do sono, a qualidade do sono, sonolência, nível de atividade física, função cognitiva, testes pulmonares, teste de força e circunferências corporais.

Dessa forma, os voluntários receberão acompanhamento profissional fisioterapêutico no tratamento da SAOS, além de orientação em relação a dúvidas no manejo da doença e no controle dos sintomas após o período de intervenção. O objetivo é que os ganhos esperados pelo tratamento, como a redução dos episódios de ronco, melhora da qualidade de vida e da qualidade do sono de modo geral possam se manter após o fim do tratamento.

Os interessados devem entrar em contato com a pesquisadora Alinny Peres por meio do WhatsApp (34) 9 9773-7883 e agendar a avaliação.

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