Vítima revela detalhes de abuso de Harvey Weinstein quando ela tinha 16 anos: ‘Me senti envergonhada’

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O caso de Kaja é um dos três no julgamento contra Weinstein, que também é acusado de agredir sexualmente a ex-assistente de produção Miriam Haley em 2006 e estuprar a atriz Jessica Mann em 2013. O mesmo tribunal de Manhattan condenou o fundador da Miramax Studios a 23 anos de prisão por esses dois casos em 2020. Um tribunal de apelações anulou a decisão no ano passado devido a defeitos processuais no julgamento.

Kaja explicou que conheceu Weinstein em um jantar com outras modelos em um restaurante de Manhattan em 2002, quando tinha 16 anos. “Eu me senti muito especial” porque o então produtor a abordou para conversar porque ela queria ser atriz, disse ela. Kaja deu a ele seu número de telefone, e alguns dias depois o produtor, então quase 40 anos mais velho que ela, ligou para convidá-la para almoçar, mas, em vez disso, eles chegaram a um apartamento e lá ele pediu que ela tirasse a roupa.

“Ele me obrigou a ir ao banheiro. Eu disse que não queria, e ele me disse que eu tinha que trabalhar minha teimosia”, lembrou Sokola. “Se eu quisesse ser atriz, era isso que eu tinha que fazer”, disse ela, entre lágrimas, ao júri que selará o destino do fundador dos estúdios Miramax.

“Quando chegamos ao banheiro, minha calcinha estava na altura dos meus joelhos. Ele colocou a mão na minha vagina e a minha no pênis dele” para me masturbar, disse ela em resposta às perguntas da promotora Shannon Lucey.

“Eu nunca tinha estado sozinha e íntima com um homem”, ela explicou. Um ano depois, ela começou a beber álcool e sofreu de anorexia e bulimia. “Eu me senti estúpida e envergonhada”, ela disse, “então ela não contou a ninguém”. “Achei que a culpa era minha”, disse ela, enquanto Weinstein olhava para o júri ou colocava as mãos na testa, com a cabeça baixa na cadeira de rodas.

As acusações de Haley e Mann impulsionaram o movimento #MeToo há quase uma década. Seu depoimento continuará na tarde desta quinta-feira. Ela será, então, interrogada pela defesa do produtor de sucessos de bilheteria como “Pulp Fiction” e “Shakespeare Apaixonado”, que alega que seu relacionamento com suas acusadoras foi consensual.