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A declaração de Zelensky aconteceu durante uma entrevista à agência de notícias Reuters, onde ele exibiu um mapa com as principais reservas no território do país.
— Se estivermos falando de um acordo, vamos fazê-lo, somos a favor.
As terras raras são um grupo de elementos considerados cruciais em indústrias como a aeroespacial e, no que parece interessar Trump, de alta tecnologia — a Ucrânia tem reservas consideráveis, e era uma das principais exportadoras europeias antes da guerra.
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Além delas, o país tem, segundo estimativas, 500 mil toneladas não exploradas de lítio, um mineral usado em baterias de carros elétricos, telefones e computadores. Hoje, dos quatro principais depósitos já identificados em solo ucraniano, dois estão em áreas controladas pela Rússia.
Segundo especialistas, o controle de parte das reservas minerais ucranianas pode ter sido uma das motivações para a guerra de Putin. Zelensky diz que menos de 20% das reservas estão em territórios ocupados pela Rússia.
De acordo com a Reuters, a estratégia de Zelensky de se abrir a negociações pelas reservas vem desde o fim do ano passado, como forma de se fortalecer na disputa com os russos. Na mesma entrevista, o ucraniano garantiu que não estaria “dando” os recursos:
— Os americanos foram os que mais ajudaram e devem receber mais. Eles devem ter essa prioridade e a terão. Quero conversar com o presidente Trump sobre isso.
Zelensky afirma ainda que a Ucrânia tem as maiores reservas de titânio em sua região noroeste, longe do foco dos conflitos, e que os Estados Unidos mostraram interesse adicional nos depósitos e sistemas de gás natural ucranianos, sobre os quais ele também está disposto a conversar.