
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,8% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (4).
A alta foi puxada principalmente pela agropecuária, que subiu 10,1% em relação ao terceiro trimestre de 2024, com destaque para três culturas com safras significativas: milho (23,5%), laranja (13,5%) e algodão (10,6%). Por outro lado, a produção de cana-de-açúcar caiu um ponto percentual. Na mesma comparação, a indústria registrou alta de 1,7%, impulsionada especialmente pelo avanço de 11,9% nas indústrias extrativas, resultado do aumento na extração de petróleo e gás.
Segundo Claudia Dionísio, analista das Contas Trimestrais do IBGE, “as atividades de Agropecuária e Extrativa Mineral, com menor sensibilidade à política monetária contracionista, foram as que tiveram as maiores altas, tanto na comparação interanual quanto no acumulado no ano”. No entanto, houve uma retração nas indústrias de transformação (-0,6%), que atuam, por exemplo, com a fabricação de veículos, alimentos, produtos químicos e têxteis.
Paralelamente, o setor de serviços cresceu 1,3% em relação ao mesmo período de 2024, com destaque para os desempenhos positivos de informação e comunicação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (4,2%) e atividades imobiliárias (2,0%). Na mesma linha, o consumo das famílias registrou sua 18ª variação positiva consecutiva (0,4%).
Apesar do crescimento em um ano, a riqueza produzida no país variou apenas 0,1% em relação ao segundo trimestre de 2025, quando a economia havia avançado 0,3%. O percentual também ficou abaixo das estimativas de setores do mercado, que previam um avanço de 0,2%. Em termos correntes, a variação representou a movimentação de R$ 3,2 trilhões.
Quando feito o recorte setorial, as exportações puxaram a variação do PIB. No total, registrou-se um crescimento de 3,3%, seguido por consumo do governo (1,3%), investimentos (0,9%), indústria (0,8%), agropecuária (0,4%), importação (0,3%), e serviços e consumo das famílias, ambos com 0,1%.